Before The End of The Games - Parte 02
Continuação (recomenda-se ler a fanfic Before The End of The Games - Parte 01)
Depois de terminar o seu relato, sendo durante todo ele, ouvida atentamente por Nady. A garota perguntou:
- Então, qual o veredicto?
- Acredito que ele fez uma burrada maior que a de um trasgo. - Nádia respondeu. - Mas eu acho que ele gosta de você, e, realmente não soube como lidar com isso. Quer dizer, ele é um garoto né? Eles não são muito espertos.
Sophie riu e Nádia continuou.
- Olha Sophie, apesar de tudo. Apesar da burrada, você gosta dele?
A ruiva baixou os olhos e não respondeu.
- Você gosta. - Nady concluiu sozinha. - Realmente vale a pena perder um amor por causa de orgulho? Ele errou, claro, merece ser azarado e estrunchado mas não creio que agora, os sentimentos dele sejam mentira.
- Sabe... - A ruiva brincava com os talheres. - Não é só pelo orgulho... É só que... Não tem como saber o que foi real... E bem, ele não me procurou, depois de tudo... Então, eu sei que fui só uma aposta. - A garota estava com a voz embargada. - Kyla, eu acho que preciso de uma sobremesa. - Pediu Sophie, enquanto permanecia com o rosto abaixado. - A elfa colocou um generoso prato de pudim de chocolate à frente de Soph, que agradeceu com um sorriso.
- Você não sabe porque ele não te procurou Sophie. - Nádia pegou a mão da garota. - Ele pode estar sofrendo como você, estar se sentindo culpado.
- Não, não está. - Sophie olhava para o prato de sobremesa, intocado, à sua frente. -Desculpe Kyla. - Soph se levantou, deixando o pudim. - Eu estava enganada. Obrigada pelo almoço Nádia. - A ruiva sorriu carinhosamente para a garota. - Adorei ter conhecido aqui. Bom trabalho pra vocês pessoal! - Soph pegou sua mochila e saiu do recinto.
Quando já tinha saído da cozinha, Sophie viu que Nádia estava atrás dela.
- Por que você saiu?
- Porque eu não queria mais falar sobre isso.
- Não falar sobre isso não vai fazer o assunto desaparecer. - A sonserina olhou sério para a ruiva.
- Olha, eu agradeço tudo o que fez. De verdade. - Soph suspirou. - Mas eu não vou dar uma de madura ou fingir que está tudo bem. Me apostaram. Me enganaram. Me objetificaram. - A ruiva mordeu os lábios, numa tentativa de segurar as lágrimas. - E eu ainda sim, gosto dele... Eu só... Eu só quero lidar do meu jeito, porque eu sei que tenho de esquecê-lo. - A garota de repente paralisou, demorando alguns segundos antes de se recuperar. - Então, só vamos tomar cervejas amanteigadas no próximo sábado. Tá legal?!
Antes que Nádia pudesse responder, Sophie saiu andando rapidamente pelos corredores do Castelo de Hogwarts. A morena suspirou, em sinal de resignação, e, quando virou-se para o lado oposto ao que a ruiva tinha tomado, entendeu o motivo da fuga da garota.
- Oi Pierre. - Cumprimentou Nady.
- Oi. - Pierre respondeu entre os dentes.
- Eu acho que você ouviu né? - Nádia perguntou.
Pierre não respondeu e encarou o teto; a garota entendeu seu silêncio como um "sim".
- Que tal nós conversamos um pouco? - Nádia sugeriu.
Pierre balançou a cabeça.
- Então vamos.
Nádia puxou o corvinal para o mesmo lugar onde estivera alguns minutos antes com Sophie.
- Eu não sei se fico feliz com o fato de ela ainda me amar... Ou triste, por ela estar determinada a me esquecer... - O francês amassava um guardanapo de papel.
- Pierre, pare de se fazer de vítima! Você errou, conserte! - Nádia ralhou.
- Eu vou para Hogsmeade. Eu vou... mas como eu vou consertar se ela não aguenta ficar comigo no mesmo ambiente?! - Questionou Pierre. - Eu não vou desistir dela... Eu... Eu ia oficializar todo o resto na França.
- Oficializar? Vocês já não namoravam? - Questionou Nady.
- Eu ia pedir pra ela ser minha esposa... - Pierre admitiu, num suspiro.
- Você o quê?! Pierre, sem querer ser grossa mas você é um aluno da Corvinal. Use sua inteligência! Como você ia pedir a Sophie em casamento se tinha apostado sair com ela?! - Nádia estava surpresa.
- Eu amo aquela ruiva.
- Ama tanto que não contou pra ela logo! Pense Pierre!
- Acha que eu queria isso?! Acha que eu queria me apaixonar?! Sabe quantas vezes eu racionalizei isso?! - Sentado na mesa da cozinha, Pierre olhava para a garota. - Tentei me afastar dela, não consegui. Tentei contar a verdade pra ela, não consegui. - Pierre suspirou. - Tem uma guerra prestes a acontecer lá fora, e, a única coisa que eu me preocupo, é que eu quero estar ao lado dela, pelo tempo que tivermos. Isso não é nem um pouco racional ou lógico, e estou enlouquecendo com isso!
- Você continua se fazendo de vítima Pierre! - Nádia brigou. - Diz pra ela que você errou, que foi um babaca, idiota e que não queria que nada disso acontecesse mas aconteceu. Conserta isso e fica com a garota que você diz que ama!
Nádia gritou dentro da cozinha. Nesse momento, todos os elfos domésticos pararam de trabalhar e olharam para Nádia.
- A culpa foi a minha. - Justificou Pierre, e, assim, todos voltaram a trabalhar.
Por toda aquela situação, a morena estava ruborizada, quando Pierre recomeçou a falar:
- Eu sei, tá legal?! É só que... É a primeira vez que eu namoro... Ou melhor, é a primeira vez que eu me apaixono, então sim, você tem razão, tenho de fazer alguma coisa.
- Obrigada. - Nádia sorriu. - Você tem chance, sério... Ela te ama. Está revoltada e furiosa, mas ainda te ama.
- Eu que agradeço... Meu amigos... bem... não são muito inteligentes nesse quesito... - Pierre falou sem graça.
- Eu imagino a inteligência emocional que eles devem ter. - Nádia brincou.
O corvinal e a sonserina olharam um para o outro e caíram na gargalhada. Passado algum tempo, o francês começou:
- É melhor eu ir. - Pierre levantou. - Tenho que ver o que vou falar para a Sophie.
- Não pensa demais. Só fala o que sente. - Nádia respondeu.
Pierre sorriu em agradecimento e saiu da cozinha, deixando a garota sozinha à mesa. Um dos elfos, Merry, passou e perguntou para a garota:
- Bancando o cupido?
- Sim. - A garota bufou. - Mas é difícil...
- Seres humanos são difíceis. - Merry respondeu. - Pudim ou torta?
- Os dois. - Nádia sorriu em resposta.
- Obrigada por deixarem eu ficar aqui pessoal!
- Nós que agradecemos, Srta. Nádia... Tirando o diretor Dumbledore, não é muito comum encontramos gentileza em Hogwarts... Ou em qualquer lugar do mundo bruxo. - Merry colocou dois pratos com as sobremesas pedidas sob a mesa. - Fico feliz, que a senhorita está finalmente seguindo os meus conselhos... E tentando. Uma pessoa tão bondosa, deveria ter amigos.
- Estou tentado. - Nady respondeu dando uma garfada. - Mas como você disse, seres humanos são difíceis...
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De Lumus Hogwarts: Esperamos que gostem da fanfic de hoje! E lembrem-se, quinta é dia de #TBT, ou seja, uma oportunidade para conhecer o passado dos nossos personagens.
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